Foto: Miguel Monteiro |
Interessante como a impressa cai no logro do lobby e faz do marketing jornalístico a noticia da temporada! É uma pratica comercial barata, o destino é apresentado como sedutor para garantir mais vendas e aí convém destacar rankings com critérios muito vagos de classificação. Tomar isso por noticia é amadorismo. Nada a ver com Jornalismo.
Em 2007, neste mesmo post que estou a re-escrever destaquei o seguinte:
"O sitetravelbite apresenta os destinos ensolarado de inverno ao mercado inglês e destaca o nosso país à frente de uma lista de destinos como Patagonia, Chile and Argentina, Dominica, Caribbean, Darwin, northern Australia, Doha, Qatar, La Palma, Canary Islands."
Em 2012 já tivemos sobre a imobiliária e esse que apresenta Cabo Verde entre destinos como o Dubai e New York. E agora mais este de 23 de Março:
"HomeAway.co.uk recently welcomed the island group to its top ten holiday locations for the first time, and Skyscanner placed it among the top three emerging destinations." leia o artigo aqui.
Não seriam as instituições Caboverdianas a liderar esse processo e a administrar toda a lógica de promoção Institucional do destino? Nesse sentido quando o Turismo em Cabo Verde fosse reconhecido Internacionalmente seriam por critérios concretos relacionados à sustentabilidade, protecção ambiental, inclusão da população local, fomento do comercio local, da hotelaria nas comunidades e de um verdadeiro sentido de oferta turística à caboverdiana que faça o hospede querer voltar a viver a experiência de "cá estar" da autenticidade da morabeza.
Nada disso acontece Ou seja de lá pra cá destacam o País e promovem a distribuição de turistas em exclusivo para os resorts da Boavista(47,2%)* e do Sal (42,9%)* enquanto do lado de cá continuamos com os mesmos problemas de fundo e todo o esforço de marketing que é feito via investimento público parece cair em saco roto.
Se não somos nós a programar essa procura agravamos o actual risco de banalização do destino Cabo Verde. Esse "oba-oba" com a noticia distorce a realidade e continua-se a falar somente do que cresce e ignorando o que padece.
*Dados do INE 2011